Baseado numa história real de 1892, este crime sem esclarecimento formal nos tribunais, já foi inspiração para alguns filmes, porém aqui o roteiro e a produção trouxeram a essência mais próxima da realidade para uma época onde a mulher era subjugada e explorada enquanto pessoa e trabalhadora.
Esse é o caso de Lizzie Borden, acusada de assassinar o pai e a madastra a sangue frio no dia 4 de agosto de 1892. Embora tenha sido declarada inocente e até hoje não se saiba quem realmente foi o responsável pelas mortes de Andrew e Abby Borden, Lizzie é lembrada como uma assassina fria que saiu impune do julgamento.
Com produção de Chloë Sevigny, esta versão traz a empregada que também estava na casa no dia do assassinato real em 1892, Bridget Sullivan, como centro nesta história. Ela vive um amor proibido com Lizzie e essa paixão, impedida pelo pai, teria sido uma das principais motivações para o crime. A princípio o romance é apenas uma ficção, embora Lizzie tenha em sua biografia um romance lésbico.
As amigas Chloë e Kristen Stewart mostram o crescimento como atrizes, segurando bem os personagens em suas pequenas nuances psicológicas e dramáticas. Não caem em clichês para mostrar seu romance e ainda fazem um ótima crítica reflexiva sobre o machismo.
Um excelente elenco, figurinos elegantes e texto rico em drama, suspense e questionamentos maduros.