No começo dos anos 1980, a jornalista colombiana Virginia Vallejo começa um tumultuado caso de amor com o mais poderoso e temido traficante de drogas do mundo, o colombiano Pablo Escobar, mostrando sua ascensão e queda. Em cima deste romance, e sob o olhar dela, é que este filme se desenrola.
Para ela não era preocupante a origem do dinheiro, mas com ele era gasto e aplicado. Seja com a vida de luxo ou com as benesses que o grande traficante oferecia à população local. O jeito arrojado de Pablo Escobar enfrentar os poderosos, entrar na própria política colombiana, pela via eleitoral, para encarar a caçada norte-americana, promovida pelo governo de Ronald Reagan, tinha um charme todo especial.
Não precisamos falar sobre as atuações de Javier Bardem e Penélope Cruz, pois são excelentes atores. Mas aproveitamos para falar da produção do casal, afinal eles estão à frente da parte executiva do filme, o que tem trazido mais qualidade aos seus trabalhos (tem mais vindo por aí), pois podem trabalhar de forma livre e sem pressão.
As cenas são fortes, reconstrução de época muito bem feita e sem exageros, além da direção segura de Fernando León de Aranoa, o qual já tem uma filmografia relevante, com destaques para “Segredos em Família” (1996) e “Um Dia Perfeito” (2015). Esta quimica entre bons profissionais é que faz deste um dos melhores filmes de Escobar já feitos.