Não há como não se emocionar, não há como não refletir e, acima de tudo, se identificar com algum (ou mais de um) dos personagens.
O filme é uma adaptação do livro homônimo do escritor R.J. Palácio, tocando em assuntos importantes como a síndrome de Treacher Collins, o bullying e as marcas carregadas por cada um de nós durante a vida. Auggie é observado o tempo todo por sua aparência, sendo julgado por isto e não pelos seus valores, com sua ida para a escola as diferenças vem mais à tona e provoca mudanças significativas para ele e aos que vivem seu universo.
De forma madura e sem apelações, o tema bullying é abordado mas algo mais é colocado de forma magistral no roteiro, a comparação com os problemas de cada um dos outros personagens traz a delicadeza necessária para percebermos que todos temos dificuldades e que somos parte de um todo, o que traz a conexão entre o filme e o espectador.
As atuações são mágicas, onde nitidamente percebe-se a entrega dos atores, tudo bem administrado pelo diretor Stephen Chbosky, pela trilha e fotografia lúdicas.
Destaque para as alusões ao Brasil, o que faz os patriotas ficarem mais emocionados com o filme.
“Extraordinário é aquela coisa rara, um filme de família que se emociona e diverte”. New York Times