Temos na tela um suspense e drama familiar, ambientado na Patagônia Argentina e o segundo filme do diretor argentino Martín Hodara.
Neste filme o diretor conta a história de Salvador, acusado de matar seu irmão caçula durante a adolescência, que se isola nos confins do planeta e onde, depois de várias décadas, sem ter contato com seu irmão Marcos e sua cunhada Laura, os recebe para que estes o convençam a vender as terras que compartilham devido a uma herança, tudo para “pagar o tratamento da irmã” internada em um sanatório. Neste local isolado e inacessível, o duelo entre os papéis de vítima e assassino voltam à tona e causam vários impactos sobre eles e claro, sobre o espectador.
A fotografia é de dar inveja, talvez o ponto alto da trama seja este, pois ela ajuda a dar o clima sombrio a uma história que beira o nosso escritor brasileiro Nelson Rodrigues. Darín da sempre um show de interpretação, mesmo sendo ele um coadjuvante, porém não desnecessário da trama. O final pode surpreender os mais desligados, o qual é bem interessante, mas não imprevisível para os mais atentos. Mais uma vez o cinema Argentino está de parabéns!
“O roteiro […] sabe desenvolver muito bem os personagens, principalmente porque a trama tem poucos e fortes tipos, mas essa redução de papeis também acaba sendo um dos graves problemas do roteiro, que não consegue encontrar ritmo envolvente”. CCine10