“Não somos definidos por nossas lembranças. O que fazemos é o que nos define”. O pensamento, enunciado em dois momentos distintos, resume o tema principal do filme e a principal motivação da protagonista ao longo de toda a trama.
Não levando em consideração os “haters” que queriam ver uma japonesa no papel principal, iremos falar do lado positivo da produção. No filme, assim como no mangá que deu origem à história, o conteúdo possui elementos filosóficos e reflexivos, muti normal na cultura japonesa. O diretor acerta pela competência com a qual apresentou a adaptação, o roteiro foi respeitado na essência do original, efeitos especiais inovadores aos olhos e uma atuação contundente de Scarlett Johansson, que segura bem os momentos dramáticos como os de ação.
A reflexão sobre humanidade está presente, o filme leva um ar de Blade Runner, filme clássico de 1982. Enquanto Major busca se prender à sua humanidade, ela vê todas as pessoas à sua volta procurando ser mais robóticos, em uma das cenas é possível ver um homem com saúde optando por um fígado aperfeiçoado apenas para poder beber mais. Essa reflexão que faz o mote principal da trama, o quanto a tecnologia pode ajudar como estragar a humanidade.
“O grande mérito, sem dúvida, é o resultado visual da obra que parece ter sido tirado de um mangá pelo fiel esmero da equipe de direção de arte e efeitos visuais e logicamente também de figurinos”. CCine10