É a maneira americana de fazer filmes que tocam no assunto religioso, e não é de agora. Alguém lembra do famoso “Amor além da vida” de Robin Williams? Pois é, se você for contra religião, ateu ou mesmo avesso a estes assuntos, nossa dica é que não assista. Porém a produção têm seus méritos e é nisso que vamos falar.

Este filme é baseado no livro “best-seller” de William P. Young, que conta a história de Mack, onde durante uma viagem sua filha mais nova desaparece e são encontradas evidências de que a menina foi brutalmente assassinada numa cabana abandonada. Depois de quatro anos vivendo numa profunda tristeza, Mack recebe um bilhete misterioso, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a retornar à cabana onde aconteceu a tragédia. Aqui neste período que a trama é desenvolvida.

O filme tem como destaque as atuações de Octavia Spencer e da brasileira Alice Braga. Octavia representa o Pai da tríade junto do Filho e do Espírito Santo, já Alice representa a sabedoria. Para um filme cristão o tema é bem pertinente, são utilizadas as metáforas que fazem com que se chegue a redenção. Em nenhum momento a história contada tenta ser uma coisa e se mostra outra, por isso o mérito do filme em ser considerado bom.

O roteiro e a direção mantêm a espinha dorsal ereta durante todo o tempo, não tendo nenhuma derrapada ou presunção diferentes do que deseja se mostrar na tela. Mostra um processo de cura interior de quem sofreu uma perda irreparável e se afastou de Deus, tendo todos os seus questionamentos demonstrados, sua raiva, mágoa, ressentimento, impotência, bem como refez o caminho de volta, através do amor e perdão. As atuações são contidas e buscam fazer refletir justamente por isso, trazendo à tona o recado. Destaque para a linda fotografia do início do filme, com a locação especial do Lago Wallowa em Oregon.

“A Cabana cumpre sua missão terrena e promete atingir seu público alvo, além de conquistar novos fiéis adeptos”. CinePop