Vamos iniciar dizendo que este filme mexe muito com qualquer pessoa, tanto pela história nada convencional, como pela atuação de Isabelle Huppert para esse suspense Francês. A personagem entra em todos os seus lados mais sombrios após sofrer um estupro, isto é o que leva este roteiro ser sensacional a medida que avança na tela.
Vamos a história, Michèle nos surpreende pois não procura a polícia para falar de seu estupro e segue sua vida normal na empresa de games a qual é dona. Porém ela começa a receber recados do criminoso e novamente sua postura nos estarrece, ela estabelece com ele um jogo sadomasoquista para alcançar o que deseja. O filme é maduro, forte, bem escrito e maravilhosamente dirigido pelo veterano Paul Verhoeven Ele mostra uma mulher atual e que nada teme, mesmo se sentindo acuada em vários momentos.
O inusitado faz parte deste trailer. Onde nenhum personagem é convencional a estética também não seria, onde para mostrar isso o diretor usa a linguagem de games para apresentar em alguns momentos a história, isso acerta em cheio à todos os públicos.
Como li em alguns textos antes de sua chegada ao Brasil, a direção não chama a atenção para si, mas sim para o roteiro, tudo foi pensado para criar essa dualidade que existe a todo momento na vida de Michèle. O filme não usa o estupro como trauma, mas como ferramenta psíquica para a resolução na vida da protagonista.
“O filme é um thriller psicológico, um melodrama, uma farsa sexual provocante e uma comédia de costumes selvagem. No entanto, a obra […] é realmente uma plataforma para os talentos impressionantes de Isabelle Huppert”. The New York Times