Ouija – A Origem do Mal é a prequel do filme de 2014 “Ouija” que contava a história de um grupo de adolescentes que entra numa casa com o jogo para tentar contato com uma falecida amiga e ao despertar o mal acabam em muitos problemas.
Agora é o momento que todos podem respirar mais aliviados, pois a prequel não tem absolutamente nenhuma ligação direta ao filme de 2014, o que por si só já é um grande alívio.
O filme já começa acertando tendo como foco uma família de mãe e duas filhas e não um bando de adolescentes. Isso sempre facilita na hora do espectador criar certa empatia com a história e os personagens do filme.
No filme a mãe Alice (Elizabeth Reaser) é letrada em dar golpes nos clientes dizendo que tem acesso ao mundo espiritual e que o faz para trazer paz e fazer o fechamento com aqueles entes queridos que faleceram antes que pudéssemos dizer nossas palavras finais.
Instigada pela filha mais velha Paulina (Analisse Basso) a atualizar a encenação que ela vinha fazendo aos clientes, Alice acaba comprando um tabuleiro do famoso jogo Ouija e ai as coisas começam a desandar e o destaque do filme aparece.
A filha mais nova Doris (Lulu Wilson) ao entrar em contato com o tabuleiro demonstra uma aptidão para o ocultismo que nenhuma delas imagina.
Doris é uma criança linda, rosto angelical, fofa, muito querida e tímida o que faz com que ela sofra bullying no colégio (o fato da mãe ser uma golpista também não a ajuda), mas ao mesmo tempo após o contato com o tabuleiro ela se torna o demônio encarnado.
Graças a direção de Mike Flanagan os bons sustos estão la sendo eles clichês ou não e com certeza satisfarão os adoradores do gênero.
Já podemos desconsiderar o filme de 2014 e imaginar este como uma potencial nova franquia.
“Um resultado satisfatório, principalmente pela interessante direção de Mike Flanagan sobre roteiro escrito por ele e Jeff Howard. A sacada da dupla foi investir no drama e no desenvolvimento dos personagens, o que cria empatia com o espectador.” – O Globo
Fábio Martins para o POP TOP CINE