Tim Burton é o cara certo para contar histórias fantásticas, a mente dele foi feita para trazer à nós imagens e sensações únicas, as quais somente ele consegue trazer para as telas de cinema.
A história em si não é nada diferente do que já vimos em alguns outros filmes, um jovem descobre ser possuidor de um dom especial, encontra seus ‘pares’ igualmente extraordinários, romance e um vilão tão extraordinário quanto, porém à estética gótica de uso comum do cineasta se aproxima mais dos filmes de super-heróis desta vez. Todos os personagens são apresentados no tempo certo, todos brilham e criam empatia com o público a medida que a história amadurece, sem o usual afoite de alguns outros filmes do gênero.
Nitidamente Tim Burton se nega a discutir os dramas psicológicos dos personagens e as referências diretas à 2ª Grande Gerra, que aliás estão bem presentes no livro de Ransom Riggs, aqui aparecem de forma superficial, focando no lado de heroico dos protagonistas, o que torna o filme mais leve e infanto-juvenil.
“É graças à mente criativa do diretor que tal universo ganha forma e estilo, explorando com habilidade algumas questões mais pesadas existentes no livro”. Adoro Cinema