Jean Dujardin interpreta o magistrado Pierre Michel. Responsável pela vara de menores de Marselha, ele já tinha uma noção dos efeitos que o império das drogas de Gartan Zampa (Gilles Lellouche) provocava na cidade. Isso talvez explique o tino obsessivo com que ele parte no encalço de Zampa quando assume a vara responsável por julgar casos relacionados ao crime organizado. Acabar com a Conexão Francesa torna-se sua obsessão e Michel dedica anos de sua vida – e um bocado de sua sanidade – à missão.
É evidente a ligação do filme com o clássico ganhador de cinco Oscar Operação França (1971), que foi baseado em fatos reais e referia-se ao nome da rede de tráfico com base em Marselha, metrópole portuária do Mediterrâneo, que abasteceu os Estados Unidos com toneladas de heroína no começo dos anos 1970, elevando exponencialmente a criminalidade em cidades como Nova York.
São ótimas atuações mas em um roteiro nada inovador e previsível sobre o tema, porém vale sim ser assistido. Há uma perfeita reconstituição da época e com imagens de telejornais de episódios com o assunto.
“A excelente escolha de lentes e a ótima direção de fotografia com câmera na mão assinada por Laurent Tangy faz com que o filme pareça ser um trabalho de um diretor muito mais experiente do que Cedric Jimenez”. The Hollywood Reporter