Este mais recente filme sobre o enigmático Steve Jobs aborda o empreendedor tecnológico por outro ângulo. Sorkin adaptou seu roteiro em parte do livro “Steve Jobs”, de Walter Isaacson, que ganhou um prêmio Pulitzer pelo trabalho.
Em meio a conversas acaloradas, apaixonadas e cheias de gracejos, Jobs é visto lutando para encontrar um equilíbrio entre ser talentoso e ser simpático. Ele faz exigências dignas de divas a colegas de quem abusa há tempos nos lançamentos dos produtos e não tem pudores para fazer ameaças explícitas ou rejeitar dar atenção à sua filha de cinco anos. Porém é consenso dizer que Jobs foi um gênio do marketing, obcecado pelo design, que cooptou uma legião de seguidores – e até adoradores – dos produtos criados por ele, mesmo com o sistema blindado da Apple.
Kate Winslet está ótima como Joanna Hoffman, a assistente pessoal de Jobs, já Michael Fassbender, no papel do protagonista, também adota um registro para lá de convincente.
“Esse produto ganhou o corpo do lindão Michael Fassbender, um ator tão bom que consegue a proeza de mostrar o quanto seu protagonista podia ser odiável, mas ainda assim deixar aberta uma porta para admirá-lo. São ótimas suas cenas ao lado de Kate Winslet”. O Globo