Ora lembra um filme de tribunal, ora um filme de espionagem, porém muito bem articulado e sem tiros disparados. Assim é a produção que traz de novo Spielberg às voltas com uma história real e muito bem interpretada por Tom Hanks. É um produto luxuoso, cheio de classe, feito para comover a plateia e chegar ao Oscar.
O protagonista é americano, mas sua principal característica é trabalhar contra a moral vigente naquele país: o advogado James Donovan recusa-se a dar uma defesa fraca a seu cliente, que foi acusado de ser espião russo em meio a guerra fria, e faz o possível para inocentá-lo. Porém as pessoas não aceitam esta postura e tornam a vida dele um inferno. Mas em certa altura o governo americano precisa dele e sua história começa a mudar.
A ponte mencionada no título não é apenas uma importante localidade na antiga fronteira entre as duas Alemanhas, logo após construção do famoso muro de Berlin, ela é utilizada como um local de troca para prisioneiros políticos. É aí que percebemos que metaforicamente, a ponte é o próprio personagem interpretado por Hanks, ele é o elo de ligação, uma verdadeira ponte na delicada relação diplomática entre os Estados Unidos e os países socialistas.
“Uma história real ousada, estudada e adequada, que é ao mesmo tempo incrivelmente genuína e profundamente cinematográfica. Um dos melhores filmes do ano”. Chicago Sun Times