Com direção de Guillermo del Toro, o filme é mais uma aposta do cineasta nos gêneros suspense e terror. A história acompanha a jovem escritora Edith Cushing, que é filha de um famoso empresário e o qual tem uma estranha morte. Ela se apaixona pelo misterioso nobre Thomas Sharpe, com quem se casa, e resolve passar um período em sua mansão localizada na Europa em um local chamado “Colina Escarlate”.
A fatasmagórica mansão é habitada também pela fria irmã do proprietário, Lucille Sharpe. Logo que chega, a visitante é alertada de que diversas partes do prédio não serão seguras para ela. E o próprio dono da casa avisa à esposa que ela nunca deve descer ao andar inferior da construção. Lá, a jovem passa a conviver com aparições estranhas que farão seu dia a dia algo mais sofrido do que esperava. A partir de então, ela tentará descobrir o que realmente acontece (ou aconteceu) no local.
Não se trata de um filme de grandes sustos, mas sim de uma obra que constrói uma atmosfera assustadora. O espectador não deve pular da poltrona, mas certamente ficará incomodado com o que está acontecendo.
Os cenários e os figurinos fazem da obra um encanto visual. Merece destaque, principalmente, a mansão de Thomas e Lucille, que é ameaçadora, mas belíssima, com grande riqueza de detalhes. É curioso notar como percebemos a passagem das estações do ano sem a necessidade de tomadas externas. Para manter a beleza da casa, del Toro jamais mostra seus defeitos, mas sabemos que está acabada pelo simples fato do hall principal ser sempre mostrado diante de folhas e neve caindo, fruto de um possível vazamento no telhado.
“O visual é o que chama a atenção logo em “A Colina Escarlate”. A forma como Del Toro cria um filme colorido sem perder a nuance sombria é impressionante. Mais ainda: como ele usa as cores para mostrar a relação dos personagens”. Blogs Pop