Ricki (Meryl Streep) é uma roqueira que abandonou a família para viver de música, mas essa mulher não é tão libertária quanto pode parecer: ela é homofóbica, racista e fã de George W. Bush. Seu ex-marido, Pete (Kevin Kline), tem a aparência um riquinho conservador, mas esconde grande quantidade de maconha no congelador. Os filhos aparentam ser produtos típicos do american way of life, mas um deles (Nick Westrate) é gay, e o outro (Sebastian Stan) leva uma vida hipster de veganismo e anticapitalismo.
Trata-se de um filme sobre uma mãe ausente que nunca teve o menor talento para exercer a maternidade, muito comum nos dias de hoje. Fica evidente sua culpa em não conseguir tratar esta questão da melhor maneira e onde ela se escondeu para viver sua frustração.
Mais uma vez Meryl consegue transmitir ao público toda essa gama de sentimentos que envolve sua personagem, mesmo em uma história clichè.
“Nesse verão [norte-americano] de super-heróis, minions, missões impossíveis e os interiores do cérebro de uma garotinha, é muito refrescante receber um filme que lida apenas com pessoas. Pessoas bobas, falhas e atrapalhadas. “Ricki and the Flash” é uma comédia amável e humana.” Boston Globe