Se tem um ator que, ano após ano, tem se firmado em Hollywood com atuações consistentes, este é Mark Ruffalo. Este é quem sustenta este frágil longa-metragem, calcado especialmente no difícil relacionamento entre pai e filhas.
Investindo forte no tema da família disfuncional, a diretora estreante Maya Forbes basicamente situa todo o longa-metragem nas dificuldades enfrentadas pelo pai ao conviver com as filhas, devido a bipolaridade, e vice-versa. Em momento algum é posto em dúvida o amor que ele sente por elas, apenas a dificuldade em assumir o papel dele exigido pela vida adulta.
Um ponto interessante é o comentário feito por Zoe Saldana em relação à diferença sobre como brancos e negros são vistos pela sociedade quando estão na pobreza, refletindo o preconceito existente nos Estados Unidos.
“Praticamente todos os filmes de Hollywood retratam de maneira simpática doenças mentais. […] Ser louco é a maneira infalível de encontrar o par romântico perfeito. Na vida real, porém, como mostrado no [filme] “Sentimentos Que Curam”, tais distúrbios têm o efeito oposto.” Boston Globe