Felizmente, para nossa surpresa, o novo título desses seres jurássicos consegue elevar o nível e evitar alguns erros grotescos. Não é um filme perfeito, mas ele tem boas cenas de ação e novos dinossauros que ajudam a empolgar os fãs da franquia.
A história de Jurassic World se desenvolve de forma inteligente, priorizando o passeio pela ilha e aos poucos dando detalhes sobre a nova espécie. O tour por Isla Nublar é uma das coisas mais sensacionais, com direito a paisagens exuberantes e instalações.
Parte do sucesso do filme se dá por Chris Pratt, que interpreta Owen, um treinador de velociraptores que assume a responsabilidade de caçar uma terrível fera. O ator é engraçado, cheio de boa vontade nas cenas de ação e ainda toma pra si a responsabilidade de levar a trama adiante.
A trama revisita a premissa do original, com cientistas que “brincam de Deus” e modificam animais geneticamente para se adequar aos seus propósitos – desta vez, o propósito mercadológico não é botar o parque para funcionar, pois o “Jurassic World” já está ativo há anos neste filme, mas criar dinossauros mais ferozes para manter o interesse do público que já se acostumou com as atrações jurássicas.
Mais do que um tributo a Parque dos Dinossauros, O Mundo dos Dinossauros é um sinal dos nossos tempos, da cultura atual de olhar para trás e valorizar a simplicidade do natural-orgânico-gluten free. Mas temperado com o que há de mais complexo em termos de tecnologia.
“Na onda atual de retomadas, como “Mad Max” e “Poltergeist”, fica evidente que “Jurassic World” […] é o mais inteligente. [….] Os efeitos visuais à disposição do diretor Colin Trevorrow são mais primoros e a trama funciona bem demais. A franquia renasceu.” Folha de São Paulo