Ela finalmente conseguiu, a atriz está desbocada, ranzinza, egoísta, cruel, até. Mas o personagem, acima de tudo, exige muito fisicamente – de forma contida, porém. Jennifer passa boa parte do tempo executando movimentos sutis, por conta das dores crônicas da personagem. E é a interpretação que tem que sobressair.
Claire é uma mulher traumatizada e depressiva, que busca ajuda em um grupo para pessoas com dores crônicas. Lá, ela descobre o suicídio de um dos membros do grupo, Nina. Claire fica obcecada pela história desta mulher, e começa a investigar a sua vida. Aos poucos, começa a desenvolver uma relação inesperada com o ex-marido de Nina, Roy.
Tudo muito bem demarcado, são artifícios que resultam em um filme, por vezes, calculado demais. O tipo “indie” que Hollywood é capaz de comprar. Mas Cake é, em última análise, um filme de atriz. E que atriz.
“Realmente, Aniston está bem no filme, tentando se livrar do estigma de rosto bonitinho a serviço de comédias. Sua interpretação comove pelas cicatrizes emocionais e pela vulnerabilidade diante da perda, algo que parece mesmo não ter cura.” O Globo