O amor, no caso, deve ser compreendido no sentido amplo: o escritor veterano Michael ama a ex-esposa Elaine, mas também ama a jovem problemática Anna. O empresário Scott ama a filha pequena, e se apaixona pela explosiva cigana Monica. Julia ama o filho pequeno, mas perde a guarda do garoto após um acidente. Agora, o pai da criança, Rick, tem a responsabilidade pelo filho do casal, e ele mesmo está apaixonado por uma nova mulher.
As ligações entre eles vão se desvendando aos poucos, porém de modo tão frágil quanto forçado. E é neste ponto em que a credibilidade do projeto começa a fraquejar.
Tudo é muito simples e linear em cada uma das histórias, e seus pontos de interesse não resistem a uma análise mais profunda. Os protagonistas possuem traumas a serem superados muito similares entre si, e suas motivações não vão além da superfície.
“Tem deslizes, mas exibe algo digno de mérito: o cruzamento das histórias não depende de casualidades. Tudo é bem costurado e nada é entregue facilmente ao espectador. […] O final, a princípio uma solução preguiçosa do roteiro, cumpre a função de permitir várias interpretações para o filme.” Folha de São Paulo