É um filme sobre a vida pessoal deste grande físico e não apenas de suas descobertas. Um retrato que, para além de fiel, é poético e, muitas vezes, bem-humorado
A receita é simples, baseia-se de uma história real, o papel que exige uma transformação física do ator protagonista, em paralelo, as histórias profissional e amorosa do personagem central. Isto tudo ligado a uma boa direção, atuações e roteiro.
O filme narra a vida do cientista Stephen Hawking, responsável pela teoria sobre buracos negros e portador de esclerose lateral amiotrófica, que o confinou a uma cadeira de rodas e a uma expectativa de vida de dois anos, quando ainda era jovem. Pois o ator Eddie Redmayne está absolutamente impecável no papel do protagonista. Ele passa a maior parte do filme mudo, por conta da evolução da doença do personagem, mas adota um repertório de trejeitos e postura (a maneira como ele – não – sustenta o ombro torto, por exemplo) incrivelmente semelhantes aos de Hawking – o resultado é um registro quase que documental sobre o biografado.
“Este é um filme com senso ético e notável compaixão. É verdade que existe algo predatório sobre a enfermeira que se envolve na relação dos dois, mas de maneira geral o filme lida com emoções com o mesmo cuidado que ele lida com a matemática.” The Guardian