A escalação da estreante Besedka Johnson (que faleceu em abril) para contracenar com Dree Hemingway, respectivamente à frente das personagens Sadie e Jane, ambas sustentam toda a trama.
Uma atriz de um catálogo de produções pornográficas, fortalece relações com uma reclusa e rabugenta idosa. Depois de comprar um objeto de Sadie, Jane invade a vida da solitária senhora, interceptando, por exemplo, as corridas regulares de táxi dela e propondo caronas.
Para além do confronto de gerações, o diretor arrisca, a cada momento, com a queda de expectativas e de encaminhamento da história. Um dos maiores méritos é o de não ceder para o piegas, mesmo tratando do registro de bingos nada animados e de dores relacionadas à morte de familiares.
“O resultado é uma narrativa consistente, com dramaturgia firme e desempenho convincente das protagonistas. Há traços de humor, mas muito bem dosados em meio a uma trama que correria o risco de cair no dramalhão-clichê”. A Tarde