A sequência de abertura de Tudo por Justiça é impactante. Ao invés dos amassos tradicionais em momentos como este, há um clima ameaçador e estranho no ar. O enquadramento preciso, o clima sombrio e a bela atuação de Woody Harrelson apontam: vem coisa boa por aí!
A história acompanha Russell (Christian Bale), um homem de classe média baixa que seguiu a “tradição da família” e trabalha em uma fornalha. Na verdade não há muito emprego na cidade onde ele vive, breve retrato da crise econômica vivida pelos Estados Unidos nos últimos anos.
A união entre estes dois momentos é que faz a história se desenrolar. Questionamentos sobre a vida diária e o próprio país surgem aqui e ali, especialmente em relação à situação daqueles que lutaram na Guerra do Iraque ao retornar aos Estados Unidos. Entretanto, com o desenrolar da história, nota-se que o interesse do diretor não é propriamente retratar este universo, mas sim fazer uma analogia entre a justiça de fato e a dos tribunais.
Os atores, em sua totalidade, estão em momentos maduros de suas carreiras e o diretor tratou de aproveitar isso a seu favor.
“Com um elenco invejável, contando ainda com pequenas participações de Sam Shepard e Forest Whitaker, “Tudo por Justiça” pode não apresentar arroubos de criatividade em seu roteiro, mas como uma trama de vingança pura e simples, consegue entreter”. Papo de Cinema
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