Privilegiar a vida amorosa de sua protagonista em uma fase bem específica de sua vida, acaba reduzindo-a.
A impressão que fica é que ela é apenas uma mulher desesperada por um relacionamento, qualquer que seja. Ou seja, a mulher que foi símbolo mundial para uma geração e que enfrentou o rigor das tradições do Reino Unido – algo que o filme apenas menciona bem de leve, em rápidos comentários sobre questões familiares – acaba sendo retratada como alguém que simplesmente topa tudo por um pouco de carinho, passando por cima até mesmo de seu amor próprio.
Naomi Watts conseguiu captar alguns trejeitos bastante particulares da princesa de Gales. Um deles, o mais marcante, é quando abaixa um pouco a cabeça para olhar ao interlocutor de baixo para cima, transmitindo a sensação de análise da pessoa com quem está conversando e também de humildade.
Apesar das primeiras críticas brutais, “Diana” não é horrível o suficiente para ser um desastre de trem divertido e kitsch, é muito convencional e reverente para dar à princesa uma completa desconstrução dramática, como necessária para o seu status de ícone. The Hollywood Reporter