A difícil missão de adaptar a excelente obra de Érico Veríssimo, que se divide em três partes nos livros, assustaria qualquer diretor, mas Jayme Monjardim aceitou e conseguiu entreter e emocionar.
Isolados de tudo, os Terra vivem em um sobrado na região do Rio Pardo e envoltos pela memória da saga de sua família, da história e da cultura do Rio Grande do Sul.
O filme mescla este “épico brasileiro” com belas paisagens dos pampas, uma trilha sonora emocionante e a narração de Bibiana (Fernanda Montenegro), que dá o tom adequado à produção. Talvez o erro tenha sido não mostrar o lado forte desta heroína, que enfrentou a família mais poderosa da cidade e seus próprios parentes ao assumir uma escolha amorosa.
Todos atores, sem exceção, se destacam em boas atuações e muito particularmente a parte inicial, onde Ana Terra (Cléo Pires) aparece quase sem falas e ganha o público com olhares e gestos perdidos entre o amor e a perdição.
Desde “Central do Brasil” não via o público aplaudir ao final de uma sessão de cinema.