A história gira em torno da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares e a poetisa americana Elizabeth Bishop.
É no contraste entre a delicadeza dos gestos de uma e o jeito determinado de outra que o filme constrói boa parte do relacionamento, muito auxiliado pelas atuações e pela coragem das atrizes ao se expor em momentos mais íntimos, sem nudez mas de uma paixão arrebatadora. Sem falar no retrato de um momento histórico para o Brasil e para o Rio de Janeiro dos anos 1960.
Um detalhe que chama a atenção são as brilhantes atuações de Miranda Otto (atriz australiana) e Glória Pires, esta que apresenta total maestria em língua inglesa, sem sotaque algum e transmitindo com bastante veracidade a emoção de sua personagem.
“Além do apelo direto para amantes da poesia e para o público gay, seu retrato de duas mulheres altamente realizadas e talentosas pode expandir o alcance do filme em cinemas de arte, graças às performances atrevidas e encorpadas das protagonistas Gloria Pires e Miranda Otto”. The Hollywood Reporter