Sem medo (e chance) de errar, a razão de tanto sucesso nos palcos não é nenhuma outra senão o talento do comediante Paulo Gustavo, criador da Dona Hermínia, protagonista desta história. Divorciada do marido, que a trocou por uma mais nova, ela é uma mulher super pilhada, que mora com os dois filhos já grandes e, como (quase) toda mãe, fica ali tentando controlá-los. Quando descobre que eles a acham uma chata de galocha, ela sai de casa desolada, sem dar satisfação para ninguém, indo visitar uma tia. Enquanto os outros estão em polvorosa, Hermínia recorda, ao lado da parente, como tudo começou.
Numa mistura equilibrada entre linguagem teatral, cinema e televisão, o longa dirigido por André Pellenz conservou o frescor das piadas, sem cair no lugar-comum que tem assolado as últimas comédias feitas para a telona. (O Globo)