A produção aborda os primeiros contatos de Renato com o punk rock e a conturbada relação dentro do Aborto Elétrico, grupo que viraria o Legião Urbana e o Capital Inicial. Mas começando pelo começo, a afirmação sobre uma suposta perda de tempo reside no fato de que a obra foi realizada com total apoio da família e, portanto, era de se esperar que sobrariam informações incríveis e desconhecidas sobre o músico.
Entre as curiosidades, a participação de Philippe Seabra (Plebe Rude) como político, durante um show em que eles cantam “Que País é Este?”, e um hit da discoteca (“Dance and Shake our Tamborine, do Universal Robot Band) tocando numa festa estranha com gente esquisita invadida pela trupe. Erros e acertos a parte, o elenco está bem e o destaque vai para o trio com mais espaço na trama, composto por Laila Zaid (Ana), Bruno Torres (Fê Lemos) e Thiago Mendonça, que mandou super bem como Renato Russo, com seus trejeitos e modulações de voz.
Claro que “Somos Tão Jovens” é destinado aos fãs. Mas não apenas. Tem um tom, uma honestidade e uma vitalidade que abrem a vida de Renato mesmo para os de gerações diferentes e até para quem não curte muito a sua música. (Estado de São Paulo)