Bingham é daqueles solitários por opção. O trabalho faz com que percorra o país inúmeras vezes, mais permanecendo em aeroportos e hotéis do que em sua própria casa. Não há problema, ele gosta disto. Fincar raízes é seu grande temor.
Uma consequência direta do duro emprego que possui, o de avisar as pessoas que estão demitidas. Ele sempre tenta reverter a situação de forma a mostrar que esta é uma oportunidade que se abre. Mera estratégia de trabalho, claro, mas por ele conduzida de forma a “tornar o limbo tolerável”, como o próprio afirma.
Só que Bingham é humano. E seres humanos, por mais que lutem contra ou enganem a si próprios, precisam de companhia. É neste ponto que Alex entra na história. Ela é uma espécie de alter ego de Bingham, a pessoa perfeita com quem se relacionar. Mesmos interesses, mesmas ambições, mesma agenda corrida de trabalho. Só que, como é comum nos relacionamentos, logo se quer mais.
Amor Sem Escalas é um filme sobre a solidão. Sobre ser solitário por opção, sobre saber lidar com o estar sozinho, sobre as dificuldades de relacionamento nos dias atuais, sobre o impacto emocional que imprevistos provocam, sobre o que esperar da vida, sobre não conseguir suportar a vida em casal e ao mesmo tempo sentir falta de algo por estar sozinho. Ou seja, sobre viver.
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