Para quem não assistiu aos demais filmes desta trilogia, segue um breve histórico. Antes do Amanhecer abordava o acaso, e levantava a importante pergunta da idealização do amor: “Devemos nos encontrar novamente, ou guardar essa noite única nas nossas memórias?”, perguntavam os personagens. Antes do Pôr-do-Sol trocava o romantismo por uma abordagem neurótica, psicanalítica: os dois personagens não estavam felizes com suas vidas, e refletiam sobre o papel do sexo nessas frustrações.
Os 20 anos de idade foram mostrados como a época das descobertas, os 30 representaram a entrada na vida adulta, e os 40 correspondem à crise de meia-idade. Casados, Céline e Jesse têm duas filhas gêmeas, e tratam com carinho o filho que Jesse teve em um casamento anterior.
Além da evolução no tempo, Antes da Meia-Noite consegue evoluir também na estrutura. Mantendo o formato clássico que consagrou os dois primeiros filmes (a conversa e os passeios entre o casal central), ele acrescenta elementos novos e bem-vindos: outros casais amigos, outros jovens que encontram o amor pela primeira vez. O novo país visitado é a Grécia, com um horizonte marcado por ruínas – representação da falência do relacionamento entre os protagonistas. (adorocinema.com)
Um dos melhores filmes de romance dos tempos modernos chega ao seu capítulo mais rico e completo com “Antes da Meia-Noite”. Magnífico, melancólico, hilário e catártico.